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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Emagrecer com medicamentos???


Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) convocará Food and Drug Administration (FDA) para debater emagrecedores! 

A Anvisa vai realizar um painel científico com especialistas de fora do Brasil para discutir de maneira definitiva a proposta de retirar do mercado brasileiro os quatro medicamentos usados no tratamento da obesidade.

Os compostos que estão na berlinda são aqueles que atuam apenas no sistema nervoso central: a sibutramina e os derivados anfetamínicos femproporex, dietilpropiona e mazindol. A única droga para o tratamento da obesidade que continuará liberada será o orlistate (Xenical), que atua diretamente no intestino, reduzindo em cerca de 30% a absorção de gordura.

Apesar dessa limitação, os médicos descartam usar os fitoterápicos no tratamento e preferem usar remédios não específicos contra a obesidade, mas que podem ajudar no tratamento. De acordo com o médico Ricardo Meirelles, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), os remédios naturais não têm efeito para ajudar a controlar o apetite. Segundo Mário Kehdi Carra, endocrinologista membro da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), os fitoterápicos não têm comprovação científica para ajudar a emagrecer. Com relação aos fitoterápicos e suplementos alimentares, não tem trabalho nenhum no mundo de longa duração que comprove a eficácia. De acordo com o endocrinologista Pedro Saddi, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), não se pode ter preconceito somente porque o remédio é fitoterápico, mas esses medicamentos “têm que ser submetidos ao rigor da ciência”. Nenhum deles foi ainda aprovado, tanto do ponto de vista de segurança quanto da eficácia. 

O médico Fábio César dos Santos, especialista em clinica médica e cardiologia e presidente da Associação Médica Brasileira de Ortomolecular, também é contra a medida da Anvisa de proibir os emagrecedores no país. A medicina ortomolecular, diz Santos, é uma prática integrativa que agrega a medicina convencional a métodos de medicina complementar. Apesar do veto, afirma que existem opções para o tratamento da obesidade, como o extrato de chá verde associado com Rhodiola rosea (conhecida como raiz-dourada). O chá verde atua como antioxidante e aumenta o metabolismo. A rhodiola também e antioxidante e inibe a proliferação de células gordurosas. Ele cita também a faseolamina, um fitoterápico que inibe a absorção de carboidratos. Além deles, Santos indica dois aminoácidos: a fenialanina, que pode levar à sensação de saciedade, e o 5-HTP (5-hidroxitriptofano), que dá sensação de bem-estar.

A Anvisa vai financiar a vinda de especialistas de fora do País para debater o assunto. A idéia é trazer representantes da FDA (agência americana que regulamenta fármacos), da Emea (agência européia), além do autor principal do estudo Scout - que foi o gatilho para a proibição da sibutramina na Europa.

"Vamos convidar as entidades médicas envolvidas, representantes da nossa Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme) e o Ministério da Saúde, além de representantes de outros países. A Anvisa tem de assegurar que essas medicações são realmente eficazes e seguras. Não podem ficar dúvidas", disse Dirceu Barbano, diretor da agência.


Rosana Radominski, presidente da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade (Abeso), diz que realização do painel pode ser benéfica, mesmo acreditando que a Anvisa já tem opinião formada sobre o tema. "O painel será a nossa última alternativa para tentar demonstrar os benefícios dos medicamentos. E é uma forma de a agência esgotar as possibilidades de debate", diz. As informações são do jornal O Estado de São Paulo (disponível no site do CRN9).
 

Diante de estudos que apontam que o consumo de sibutramina aumenta o risco de problemas cardíacos, desde o ano passado a Anvisa impôs novas regras e endureceu os critérios de venda dessa droga. Ela deixou de ser vendida como medicamento comum e passou a integrar a categoria dos anorexígenos, drogas que exigem receita especial. 

Para médicos endocrinologistas que atuam no combate à obesidade, a medida é radical demais e vai deixar os pacientes sem opção de tratamento, já que o controle da fome e da saciedade ocorre no cérebro. “Quase metade da população brasileira tem sobrepeso. Muitos pacientes não conseguem perder peso com o tratamento clínico convencional, que inclui dieta e exercícios físicos. Como vamos controlar a obesidade desses pacientes sem mexer no cérebro?”, diz o endocrinologista Márcio Mancini, chefe do departamento de obesidade do Hospital das Clínicas (HC). Carra, endocrinologista membro da Abeso, afirma que uma possível proibição da Anvisa vai levar os médicos a buscar medicamentos que não são testados especificamente para tratar a obesidade, mas que causam emagrecimento, como alguns antidepressivos. Para muitos médicos uma melhor fiscalização sobre o consumo dos medicamentos traria mais benefícios do que a proibição.

Os benefícios não superam os riscos. Esse é o principal argumento que a Anvisa pretende usar na próxima semana, durante audiência pública, para convencer a classe médica de que é melhor proibir de vez o uso de medicamentos usados para emagrecer. Segundo Dirceu Barbano, diretor da agência, o assunto vem sendo discutido desde o ano passado, quando a União Européia baniu a sibutramina. “Quase nenhum outro país tem sibutramina. As anfetaminas também estão diminuindo. E não há notícia de que isso piorou ou atrapalhou o tratamento da obesidade”. Em 2009, foram vendidas no País 67,5 toneladas de sibutramina.


Segundo Barbano, a Anvisa fez um levantamento interno e concluiu que, por mais que o medicamento seja controlado e indicado apenas para pacientes com determinados perfis, não há evidências suficientes que demonstrem que a perda de peso supera os riscos cardíacos. “A nossa proposta, sustentada por uma extensa pesquisa, é de retirada imediata desses produtos do mercado. A não ser que consigam nos demonstrar com dados consistentes que estamos errados e esses remédios são bons e seguros”, diz.

Eu, Érika Mafra, como nutricionista e crítica sobre o assunto,
 sou indiscutivelmente contra o uso de medicamentos emagrecedores.

Existem alternativas para perda de peso que não se fundamentam no uso de medicamentos que provocam severos efeitos colaterais. È questão de escolha! Muitas pessoas que optam por utilizar este meio de emagrecer possivelmente não tentaram outras formas menos práticas ou rápidas talvez, mas eficazes e efetivas. Reeducação alimentar, dieta acompanhada por profissional competente que dedicou uma carreira inteira também para este fim, Vigilantes do Peso, exercícios físicos (qualquer um), mudança no estilo de vida (subir e descer escadas, fazer pequenas caminhadas, alongamentos e levantar da cadeira algumas vezes durante o dia, ir à pé até a padaria ou farmácia ou demais lugares possíveis, e outras atividades não listadas aqui fazem parte de uma série de tentativas não só para emagrecer, mas para aumentar a qualidade de vida e promover a saúde). Estes pequenos atos melhoram a circulação sanguínea, reduzem o estresse, melhoram o humor e garantem bem estar. Quando as pessoas escolhem tratar da obesidade por meio de medicamentos muitas vezes não fazem um acompanhamento com médico especialista. Pior! Apesar de hoje ser rigorosa a fiscalização do uso de receitas médicas, muitas pessoas conseguem comprar o medicamento emagrecedor sem a prescrição. A verdade é que as pessoas têm que ter a consciência de que não ficarão a vida toda tomando esses medicamentos. Por mais que a justificativa dos médicos para prescrição seja o auxílio inicial para facilitar mudança de hábitos de vida, as pessoas tomam remédios a cada vez que precisam emagrecer 2 ou 3 quilos. Depois que param o tratamento medicamentoso, as pessoas abandonam também os hábitos saudáveis adquiridos ou nem mesmo os incorporam à rotina. Assim, retornam ao peso anterior ao tratamento ou ainda engordam além. O remédio não é só um empurrãozinho, pois a vontade de emagrecer, recuperar a saúde e ficar de bem com a vida tem que partir do paciente, tem que ser realmente uma vontade e um desejo, tem que ser a construção de uma vida nova que valha à pena!

 É possível caminhar com as próprias pernas!!!

 Referências:
http://www.buladeremedio.com.br/termos/femproporex

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