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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Desafio: ganhar peso sem perder saúde!


 
Motivo de felicidade é subir na balança e perceber que ganhou alguns gramas! Vocês podem não acreditar! Mas da mesma forma que existem pessoas tentando emagrecer e não conseguem, existem também pessoas tentando engordar e sem sucesso! Em apenas 1 mês duas pessoas me perguntaram o que fazer para ganhar peso. Sei que muitos desejariam ganhar uns quilinhos ao invés de ter que perder, mas não duvidem: em algumas situações é mais difícil e demorado ganhar peso do que perder!
Assim como na obesidade, a explicação para o baixo peso está no metabolismo corporal. Óbvio que em alguns casos esta explicação não se encaixa, mas nas pessoas saudáveis o metabolismo basal acelerado explica a razão de comer, comer, comer... e não ganhar nem sequer um grama!
Mas o que é o metabolismo basal ou metabolismo de repouso??? É a energia que necessitamos para nos mantermos vivos: batimentos cardíacos, respiração, funcionamento dos órgãos, atividade cerebral, etc. Esse metabolismo é intrínseco, nascemos com ele!
Em algumas pessoas o metabolismo basal é acelerado fazendo com que o corpo demande muita energia. E, como uma continha matemática de adição e subtração, essas pessoas precisam de uma maior quantidade de calorias diárias para suprir as suas necessidades energéticas.
E como aumentar o consumo de calorias de forma saudável? Esse é o desafio para quem quer ganhar peso! Ganhar peso e perder saúde não dá!!!
Neste momento, também, não podemos nos esquecer das leis da alimentação saudável. Os excessos podem contribuir para o surgimento de doenças crônicas! Não é esse o nosso objetivo, mas sim o ganho de peso e a promoção da saúde!!!
 
 
Portanto, algumas orientações são importantes para ganhar peso com saúde:
  1. Consuma alimentos ricos em carboidrato, pois este nutriente não promove muita saciedade e poupa proteínas. Prefira alimentos integrais como aveia, granola sem açúcar, biscoitos, pães, etc, mais vezes ao dia.Os carboidratos têm alto rendimento energético, são depositados parte em gordura no organismo, economizam proteínas, têm alto grau de digestibilidade e moderado valor de saciedade, o que facilita sua administração em quantidades maiores. Por esses motivos são nutrientes fundamentais em uma dieta de ganho de peso.
  2. As proteínas devem ser consumidas em quantidades moderadas para não sobrecarregar as funções renais e hepáticas. Também, por ter alto valor de saciedade é um nutriente que não deve ser consumido em excesso.
  3. As gorduras devem ser consumidas em quantidades pequenas a moderadas devido ao alto valor de saciedade e por reduzirem a secreção e a motilidade gástricas.
  4. Diminua a ingestão de gordura animal e inclua na dieta as oleaginosas como nozes, castanhas e amêndoas, sem adição de sal.
  5. Acrescente azeite de oliva extra virgem no almoço e jantar para aumentar o valor energético das refeições. Experimente também em sanduíches e torradas! Ao escolher o azeite leia atentamente o rótulo, pois para garantir uma melhor qualidade sua acidez deve ser de até 0,5%.
  6. O abacate é uma excelente opção de fruta! Por ser um alimento rico em gorduras é bastante energético, calórico e com alto valor nutricional, quando comparado com outros frutos tropicais. Contém as vitaminas lipossolúveis (que faltam em geral às outras frutas), rico em proteínas e vitaminas A e B, medianamente rico em vitaminas D e E, e com quantidade variável de óleo monoinsaturado na polpa (óleo semelhante ao do azeite de oliva extra virgem). Vale lembrar que dietas ricas em ácidos graxos monoinsaturados diminuem as concentrações séricas de triglicerídeos (TGL), colesterol total e colesterol ruim (LDLc).
  7. Nunca se esqueça das hortaliças (legumes e verduras) e das frutas, pois são alimentos ricos em vitaminas e minerais, nutrientes importantes e indispensáveis para o bom funcionamento do organismo.
  8. Prefira hortaliças com pouca fibra e modificadas pela cocção: batata, cenoura, chuchu, abóbora.
  9. Fracione sua alimentação de 6 a 8 refeições por dia.
  10. Saboreie os alimentos: coma devagar, descanse o garfo no prato, não execute nenhuma outra tarefa durante a refeição e prefira locais prazerosos para se alimentar.
  11. A temperatura das preparações deve ser ambiente ou frias. Temperaturas elevadas promovem a saciedade!
  12. Faça pratos bonitos, coloridos e atraentes (a aparência do alimento exerce muita influência sobre o apetite).
  13. Prefira alimentos mais líquidos e de consistência que exija pouca mastigação, pois assim conseguirá consumir mais calorias numa refeição de menor volume. Normalmente as pessoas com baixo peso não toleram grandes quantidades de alimentos. Boas sugestões: vitamina de frutas com leite em pó e aveia; shakes acrescidos de sementes oleaginosas; sopas cremosas com azeite de oliva extra virgem, ovos e queijos frescos ou ralados; saladas com torradinhas integrais, castanhas e passas, dentre várias outras opções!
  14. CUIDADO! Alguns alimentos calóricos parecem ser saudáveis, mas se consumidos em excesso e/ou como hábito podem prejudicar a saúde. Exemplos: granola com açúcar, cereal matinal com açúcar, margarina e manteiga, salgadinhos, sorvetes de fruta, açaí incrementado com chocolates e cereais adocicados, bolos com coberturas de chocolate e feitas à base de gordura hidrogenada, salada de frutas com leite condensado, gelatinas com creme de leite e leite condensado, etc.
  15. Não esquecer da hidratação!!! Para estimar a necessidade diária de líquidos devemos multiplicar o peso corporal atual por 30 mL.
  16. Evite tomar líquidos durante a refeição, pois eles enchem o estômago e acabam antecipando a saciação.
  17. Faça exercícios físicos regularmente (neste caso, principalmente a musculação), pois além de melhorar o funcionamento do organismo, estará contribuindo para o ganho de massa magra e conseqüentemente aumento do peso corporal.
  18. SUPLEMENTOS! Em alguns casos o suplemento pode ser um coadjuvante, porém, para utilizá-lo é indispensável um acompanhamento com seu nutricionista.
Visite seu Nutricionista!

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Cranberry: a fruta do bem!


Cranberry: a fruta do bem!

Essa frutinha tão saudável é proveniente de uma pequena planta verde cheia de flores cor-de-rosa escuras. O Cranberry foi documentado primeiramente na América do Norte em 1621 pelos peregrinos. Os marinheiros da Nova Inglaterra costumavam comer Cranberries para evitar uma doença causada pela deficiência de vitamina C (escorbuto). Existem dois tipos do fruto Cranberry: Vaccinium oxycoccos, que cresce em terrenos pantanosos do norte da América do Norte, norte da Ásia, e Europa central; e a Vaccinium macrocarpon mais encontrada na região leste do Canadá (Newfoundland) até as Carolinas nos EUA.

 As propriedades desta fruta têm sido estudadas há algum tempo. Descobriu-se então, que a substância proantocianidina, presente na cranberry, tem um papel importante no combate às bactérias que se fixam nas paredes do trato urinário; pois impede que elas se reproduzam no local e provoquem um quadro de infecção.

Hoje, são encontradas diversas opções no mercado: fruta fresca, sucos concentrados, geléias, molhos, bebidas prontas, extrato ou em cápsulas. Mas, produtos diversos com cranberry já vinham sendo utilizados em alguns países há algum tempo como um remédio popular para prevenir essa infecção. Para averiguar seu uso, Chih-Hung Wang, da Universidade Nacional de Taiwan, decidiu, então, revisar artigos já existentes na literatura médica sobre essa relação. "Produtos com cranberry tendem a ser mais eficazes em mulheres com infecção urinária recorrente, em populações femininas no geral, em crianças e em pessoas que consomem esses produtos mais de duas vezes ao dia", diz Wang. No levantamento, os pesquisadores analisaram 13 testes clínicos, com 1.616 voluntários, para análises. Os efeitos de risco foram 62% maiores para aqueles que não consumiam cranberry. De acordo com o estudo, a hipótese que justificaria o efeito benéfico da fruta é a presença de compostos que inibem a aderência da bactéria Escherichia coli na mucosa do trato urinário.

Ainda, alguns estudos sugerem que sua ação antiadesão pode abranger outros tipos de bactérias, como as que causam gengivite e úlceras de estômago (inibe a adesão da bactéria Helicobacter pylori ao muco gástrico).

Não bastasse essa poderosa ação antibacteriana, os cranberries contêm quantidades significativas de flavonóides e de compostos polifenólicos que foram demonstrados para inibir a oxidação da lipoproteína de baixa densidade (LDL) ou “mau colesterol”, prevenindo portanto as doenças cardíacas. Ela também é fonte de antioxidantes como as antocianinas e vitamina C, que retardam o envelhecimento precoce (estudos preliminares sugerem que dietas que contêm frutas e vegetais com altos valores de ORAC (Oxigen Radical Absorbance Capacity) podem fornecer proteção contra a perda da coordenação e da memória associadas à idade elevada) e evitam certos tipos de câncer (estudos científicos concluíram que seu consumo garante menor incidência no desenvolvimento do câncer de mama).

Indicações

Entre outras indicações, as mais significativas são:
  • Infecção do trato urinário (tratamento e prevenção).
  • Doença periodontal.
  • Tratamento de úlcera estomacal causada por H. pylori.
  • Anti-envelhevcimento.
  • Anti-câncer.
Posologia
Via oral recomenda-se a ingestão de 500 mL do extrato, 2x ao dia para aqueles que sofrem com doenças do trato urinário. Para quem não possui essas enfermidades, mas deseja receber os benefícios da fruta e se prevenir, 300 mL do extrato, 2x ao dia são suficientes.

Contra-indicações

Nefrolitíase.
É considerado seguro seu uso na gravidez e na lactação.

Efeitos adversos e toxicidade

Cranberry apresenta segurança quando usado oralmente, embora as doses altas podem causar diarréia e sintomas gastrintestinais.

Precauções

Deve ser utilizado com extrema precaução em crianças com idade abaixo de 2 anos. Utilizar com cautela em indivíduos sob medicação e com condições médicas pré-existentes. O uso por períodos prolongados pode aumentar o potencial de efeitos adversos.

Interações

O excessivo uso de Cranberry pode aumentar a excreção e reduzir os níveis sanguíneos de alguns medicamentos, tais como certos antidepressivos, antipsicóticos e analgésicos a base de morfina.

Sugestão de formulações


·         Cápsulas com extrato de Cranberry
Extrato de Cranberry (Vaccinium macrocarpon)....300 – 400mg
Excipiente* qsp........................................................1 cápsula
Indicação: infecção do trato urinário, doença periodontal.
Posologia: 1 cápsula 2x ao dia.

·         Cápsulas com extrato de Cranberry e Vitamina C
Extrato de Cranberry (Vaccinium macrocarpon).... 300 mg
Vitamina C .................................... .................. 100 mg
Excipiente* qs .................................................. 1 cápsula
Indicação: infecção do trato urinário.
Posologia: 1 cápsula 2x ao dia.

Atenção!!!
Primeiramente é necessário procurar um profissional qualificado para que ele indique o melhor tratamento para o seu problema de saúde. Vários estudos indicam que cranberries ajudam a prevenir infecções do trato urinário, da bexiga e da uretra. A razão de incorporá-la na dieta é uma estratégia preventiva, evitando o aparecimento recorrente do problema. Apenas um coadjuvante!
 
Como qualquer outro alimento,
não consuma apenas porque ouviu dizer que faz bem à saúde.
É preciso bom senso para que uma fruta do bem não cause prejuízo à saúde!

 
REFERÊNCIAS:
·         http://www.farmacam.com.br/monografias/cranberryfarmacam.PDF. Acesso em 27 de agosto de 2013.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

DIETA DETOX e seus segredos!

 
DIETA DETOX
 
Há algum tempo as pessoas já comentam sobre a dieta “DETOX” ou “DESINTOXICANTE”. Como o próprio nome diz, esta dieta tem o propósito de desintoxicar o organismo, ou seja, “expulsar” nutrientes que podem estar fazendo mal e prejudicando a saúde. O termo “expulsar” é muito utilizado quando se refere a esta dieta, mas, na verdade, se prioriza a restrição de alguns alimentos como, por exemplo, os que têm lactose, glúten, gordura, açúcar e cafeína. Alerta!!! A restrição de alimentos não prejudica a saúde. Entretanto, se não for acompanhada por um profissional e se permanecer por longo período pode oferecer riscos ao organismo, já que levará à carência de outros nutrientes fontes nestes alimentos.
 Portanto, não há uma fórmula secreta ou uma dieta específica. Para desintoxicar o organismo é necessário procurar um nutricionista para planejar uma alimentação adequada e o mais importante: personalizada!
 Ainda, é preciso lembrar que o órgão responsável por desintoxicar nosso organismo é o fígado. E temos sempre que contar com o seu bom funcionamento. Cuidado: uma dieta muito restrita e sem acompanhamento pode prejudicar o fígado!
 Sugestões para desintoxicar o organismo:
  • Evitar o consumo excessivo de alimentos com açúcar, farinha branca, carne vermelha e álcool (estimulam liberação de substâncias tóxicas pró-inflamatórias e essas quando alcançam as células podem provocar desequilíbrio orgânico em alguns órgãos).
  • Beber muita água.
  • Consumir hortaliças e frutas, pois são ricas em fibras que contribuem para o bom funcionamento do intestino, e minerais e vitaminas que são indispensáveis em vias metabólicas importantes para nossa sobrevivência.
  • Além das fibras, os probióticos têm um papel importante para a saúde do intestino. Se o intestino funciona bem, ocorre uma maior eliminação de toxinas e, ainda, uma maior proteção contra microorganismos maléficos.
  • Proteja seu fígado: evite alimentos ricos em açúcar e gordura (doces, frituras, gordura aparente da carne, chocolates gordos, etc), principalmente gordura saturada. O açúcar em excesso no sangue se transforma em gordura que se acumula no fígado, assim como quando os níveis de trigliceres e LDLc (colesterol ruim) estão altos no sangue. O acúmulo de gordura no fígado chamamos de esteatose hepática.
  • Fazer atividade física regularmente também ajuda a proteger o fígado, já que a gordura acumulada é metabolizada com maior facilidade.
  • Incluir chá na dieta traz benefícios quando se quer desintoxicar o organismo. Como o chá tem substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias que estimulam a diurese, eles também auxiliam o corpo a eliminar substâncias tóxicas. Os melhores são aqueles feitos direto com a erva por infusão.  
Como mencionado, o acompanhamento profissional é muito importante, pois não são todas as pessoas que podem restringir nutrientes e até mesmo seguir as sugestões descritas aqui.
 
 Cuide da saúde! Alimente-se bem: o importante é aliar o adequado ao prazeroso!
 
 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Lancheira saudável e saborosa!

Em parceria com a ESCOLA AVIVAR auxilio os alunos e seus pais e/ou responsáveis na escolha de uma alimentação mais saudável e nutritiva! Além do planejamento do cardápio de lanches, todos os meses escrevo sobre orientações nutricionais diversas direcionadas aos pais e responsáveis por meio de uma circular mensal enviada pela escola.

Para quem não conhece ainda, a ESCOLA AVIVAR - Sistema Especial de Ensino, oferece educação para crianças e adolescentes com Paralisia Cerebral, Autismo, Síndromes Genéticas, Malformações Congênitas, Distúrbios Sensoriais, Distúrbios e/ou dificuldade de Aprendizagem. É um trabalho pedagógico e multidisciplinar! O ensino fundamenta-se nas contribuições de Piaget e Vygotsky, associadas aos princípios do método neuroevolutivo "Bobath".

Visite o site da escola: www. escolaavivar.com.br                  

Este trabalho é muito gratificante para mim e engrandecedor, afinal são alunos especiais e que merecem uma atenção diferenciada!

Neste mês, escrevi um pouquinho sobre a escolha de alimentos saudáveis para a lancheira e/ou para um passeio com os pequenos. Por isso, papais e responsáveis, atentem-se às recomendações, pois são de grande valia para promoção da saúde!


Lanche saudável e saboroso!


Ao sair de casa para um passeio, viagem ou até mesmo para escola, lembre-se de ter sempre na bolsa da criança um lanche prático, saboroso e atraente! Evite que seu filho tenha hábitos alimentares ruins fora de casa e que isto traga prejuizo a sua saúde. Isso não precisa ser uma regra, mas precisa ser um hábito!

O lanchinho é mais importante do que se imagina! É preciso estimular bons hábitos alimentares na hora dos lanches. Basta criatividade, pois é muito fácil oferecer opções saborosas e nutritivas.

Na hora do lanche os pequeninos têm a oportunidade de comer alimentos também ricos em valor nutritivo, mas que nem sempre fazem parte das refeições principais, tais como frutas, queijos e iogurtes.

Ao comer fora de casa ou montar a lancheira da escola, há preferências por alimentos com baixo valor nutritivo, como salgadinhos, bolachas recheadas, chocolates e outras guloseimas. Porém, obrigá-los a substituir o pacote de batata frita por uma maçã não é a solução!

As sugestões a seguir auxiliam na escolha de alimentos saudáveis e na montagem de uma lancheira com alimentos saborosos e atraentes para aumentar a aceitação dos pequenos!

 1  Convide seu filho para ajudar a montar a lancheira. Mostre as opções saudáveis disponíveis e deixe que ele escolha os alimentos. As crianças adoram ter o poder de decidir.

 2  Ofereça alternativas saudáveis, com menor quantidade de gorduras, sal, açúcar, conservantes e corantes, e enriquecidas com vitaminas, minerais e fibras.

 3  Inclua no cardápio sucos naturais, frutas, legumes como cenoura e pepino cortados em formato palito, sanduíches, biscoito sem recheio e bolos caseiros.

4  Sirva os alimentos de forma diferente: use cortadores de biscoito para cortar sanduíches de pão de forma em formatos divertidos. Use pães coloridos.

5  Coloque cereais matinais, de preferência aqueles sem adição de açúcar, em um potinho para que o pequeno pegue com a mão, como salgadinho.

6  Deixe a criança molhar pedaços de frutas no iogurte. Ela vai se divertir e comer tudo!


 7  Procure variar os tipos de sanduíche: bisnaguinha, minipão sírio, pão de cenoura, de beterraba, de espinafre ou de queijo são deliciosas opções. E, para o recheio, requeijão, queijo branco, geléia, peito de peru ou presunto magro.

EDUCAÇÃO ALIADA À ALIMENTAÇÃO !!!


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Até os 2 anos: o que os pequeninos devem comer?


Os 10 passos da alimentação saudável para crianças até 2 anos

Passo 1
 
Dar somente leite materno até os 6 meses de idade, sem oferecer chás, água ou quaisquer outros alimentos.

           Quando a amamentação exclusiva nos 6 primeiros meses de vida não é possível, deve-se oferecer fórmulas lácteas infantis indicadas para esta faixa etária. É importante diluir as formulações conforme as recomendações das embalagens para que a criança receba os nutrientes nas quantidades adequadas.  Nesta fase, mesmo quando a criança é alimentada por fórmulas lácteas, não se deve oferecer chás ou quaisquer outros alimentos. Pequenas quantidades de água tratada e filtrada podem ser oferecidas, principalmente se as fezes estiverem endurecidas.

Passo 2

A partir dos 6 meses oferecer de forma lenta e gradual outros tipos de alimentos, mantendo o leite materno até os 2 anos de vida ou mais.

Nas condições em que não é possível oferecer o leite materno e a criança é amamentada por fórmulas infantis, a alimentação complementar deve ser iniciada também a partir dos 6 meses de vida e de forma lenta e gradual. Quando não é possível oferecer fórmulas infantis, o nutricionista deve ser consultado, pois as recomendações quanto ao leite de vaca e a alimentação complementar são diferentes.

Passo 3

A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) 3 vezes ao dia se a criança receber leite materno e 5 vezes ao dia se a criança estiver desmamada.
 
Passo 4

A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança.

Não deixe as crianças pularem nenhum tipo de refeição e nem os lanches. É necessário criar uma rotina alimentar, onde o seu filho sempre se alimente nas horas corretas. Não associe comidas a castigos ou recompensas, principalmente quando se trata das guloseimas.

Passo 5

A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher. Começar com consistência pastosa (papas, purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.

É importante que, no início, os alimentos sejam bem amassados com o garfo. Não é preciso bater os alimentos no liquidificador e nem passá-los na peneira, pois se bem cozidos, as gengivas cortam e amassam os alimentos muito bem. Além disso, apenas amassando os alimentos com o garfo, a aceitação mais tarde por alimentos inteiros, picados e moídos é bem maior e mais fácil. É preciso saber e lembrar que quando os alimentos são introduzidos na dieta da criança pelas primeiras vezes, muitas vezes são arremessados para fora com a língua como se fossem rejeitados (protusão da língua). Essa atitude é comum e acontece com a maioria das crianças, principalmente as que não foram amamentadas ao seio, pois no começo elas estão ainda aprendendo como utilizar a língua para empurrar e deglutir os alimentos. Além disso, para que um alimento seja aceito pela criança é preciso oferecê-lo cerca de 10 vezes!

Passo 6

Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação bem colorida! 

Evitar o oferecimento de comidas industrializadas a criança. Incluir na alimentação do seu filho frutas, verduras, legumes, carnes, produtos lácteos, leguminosas (feijão, ervilha). Em toda dieta a variedade alimentar ajuda a alcançar as recomendações diárias de vitaminas e minerais. As vitaminas e minerais também estão relacionados às cores dos alimentos. Por isso, quanto mais colorida for a alimentação, ,ais rica em vitaminas e minerais ela será. Portanto, tanto as papinhas salgadas quanto as de fruta, devem ser bem coloridas. Sugestão: misture legumes de três cores diferentes sempre que for preparar as papinhas salgadas. É importante que não misture todos os tipos de legumes, pois senão as papinhas terão sempre o mesmo sabor, fazendo com que a criança enjoe da comida. Faça isso com as papinhas de frutas também, combinando sempre uma mais doce com uma mais ácida, para estimular o paladar e aceitação por vários tipos de fruta. Às vezes é interessante oferecer as frutas separadas, para que as crianças conheçam os variados sabores e aprendam a identificar e associar os sabores às respectivas frutas. Deve-se fazer o mesmo com os legumes. Assim, aumentam-se as chances das crianças não rejeitarem determinados alimentos quando crescerem! É importante ressaltar que muito dos hábitos alimentares formados na infância perduram por toda vida do indivíduo.

Passo 7

Estimular o consumo diário de frutas, legumes e verduras nas refeições.

Todos os alimentos devem ser oferecidos, mas é importante não oferecer sempre os mesmos, para que assim a criança conheça variados tipos e sabores de alimentos e não rejeitem principalmente os mais saudáveis quando crescerem. Peixes e carnes devem ser oferecidos também, desde que bem cozidos e que tenha ausência de ossos e espinhos. Mesmo que a criança não consiga engolir, o caldo destes alimentos é muito importante para a prevenção da anemia e desnutrição. Os ovos também podem ser consumidos pelos pequeninos, porém apenas a gema cozida. A clara de ovo é um alimento potencialmente alergênico para crianças menores de 1 ano. Outro alimento que não deve ser oferecido antes de completar 1 aninho é o mel, pois ele pode conter uma bactéria causadora do Botulismo Infantil, uma doença muitas vezes fatal. Alguns alimentos ricos em enxofre, um mineral formador de gases, pode aumentar as cólicas do bebê. São eles: cebola, alho, feijão, lentilha, brócolis, couve-flor, couve, arroz, trigo, amêndoas, aveia, castanha, leite e derivados, carnes, ovos e peixes. Por isso, estes alimentos devem ser cozidos e de preferência com a panela aberta, para que alguns nutrientes formadores de gases sejam exalados junto ao vapor. Porém, é preciso respeitar a individualidade de cada criança, pois alguns alimentos podem formar mais gases e aumentar as cólicas em uma criança, enquanto em outra nem tanto.

Passo 8

Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos, chips e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.

Uma alimentação saudável é necessária para o desenvolvimento do ser humano em todas as fases da sua vida não só na infância, porém é lá que os hábitos alimentares são formados relevando a importância de uma boa alimentação nessa fase. Muitos pais se preocupam com os filhos que não se alimentam bem; principalmente porque estes tendem a ficar mais doentes além de apresentar dificuldades no desenvolvimento físico e mental. Também não devemos incentivar as crianças a comerem muito mais do que é necessário, o equilíbrio na dieta é o segredo para uma boa qualidade de vida. Todos da casa devem aderir a uma boa alimentação. Não adianta você querer que o seu filho goste de frutas, verduras e legumes quando a própria família não incentiva esse consumo, pois a alimentação das crianças tende a absorver os hábitos alimentares propostos pelos pais.

Passo 9

Cuidar da higiene e no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados.

Práticas alimentares de higiene dos alimentos complementares são um importante componente para a prevenção e redução da ocorrência das doenças diarréicas e suas conseqüentes repercussões negativas para o estado nutricional das crianças. É muito importante a higienização dos alimentos com bucha, sabão neutro e água corrente tratada. Mesmo as frutas e os legumes em que serão retiradas as cascas e os que passarão pelo processo de cozimento devem ser higienizados antes da utilização. As folhas e frutas, principalmente as consumidas cruas, devem ser higienizadas antes do consumo. Para isso, separe as folhas uma a uma e lave-as separadamente em água corrente eliminando as partes impróprias para o consumo. Em seguida, deixe as folhas de molho em 1 litro de água potável misturada com 1 colher (sopa) de água sanitária, durante 20 minutos. Após esta etapa as folhas podem ser enxaguadas em água filtrada. Faça isso também com as frutas, mas antes retire as partes impróprias para o consumo. Lavar as mãos antes de preparar e oferecer a alimentação para a criança também é um procedimentos indispensáveis. A sobra do prato não deve ser oferecida novamente, tão bem como a sobra da mamadeira. A mamadeira é o maior veículo de contaminação, aumentando o risco de infecções e diarréias. Apesar de ser uma medida de difícil adoção pelos pais, a higiene da cavidade bucal do bebê desde o nascimento. Para isso, utilize uma fralda de pano limpa umedecida em água filtrada ou fervida, com a finalidade de se criara hábitos de higienização. Além disso, as fórmulas lácteas deixam restos incrustados nas gengivas e dentinhos. Após cada refeição e uso de xaropes e outros medicamentos (que são adocicados) deve-se fazer a higienização das gengivas e dentes, independente do horário.

Passo 10

Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

            Utilizar a criatividade para preparar os alimentos é fundamental, principalmente no caso daquelas crianças que costumam rejeitar legumes e verduras. Incluir legumes na panqueca e no arroz, preparar saladas bem coloridas e rechear legumes são algumas formas de utilizar a criatividade a seu favor! As vitaminas com leite, frutas e fórmulas de farinha (farinha láctea, mucilon, leite em pó e outras) também são bem aceitas pelos pequeninos.


Atenção: a alimentação complementar pode ser iniciada no 4º ou 5º mês de vida para aquelas crianças que não são amamentadas ao seio, porém é preciso uma avaliação do médico pediatra e, principalmente, da nutricionista. A nutricionista vai avaliar a alimentação do bebê até a data (fazer a contagem de nutrientes que são ingeridos) e prescrever a necessidade nutricional, bem como os tipos de alimentos a serem introduzidos na dieta das fases de vida seguintes.

Cuidado!

O tamanho do estômago das crianças menores é de aproximadamente o tamanho da sua mãozinha quase fechada. O tecido muscular do estômago é elástico e, por isso, é prejudicial o fornecimento de quantidades exageradas de alimentos, principalmente junto a grandes volumes de líquidos. Uma vez essa musculatura relaxada, o compartimento do estômago ficará cada vez maior, necessitando de cada vez mais de grandes quantidades de alimentos para saciação. Respeite as quantidades recomendadas, pois senão pode-se contribuir para o surgimento da obesidade infantil!

Esquema para introdução dos alimentos complementares para crianças alimentadas por fórmulas lácteas


IDADE
TEXTURA E TIPOS DE ALIMENTOS
FREQUÊNCIA
QUANTIDADE DE CADA REFEIÇÃO
REFEIÇÕES/ALIMENTOS
5 meses
Papa pastosa, alimentos bem amassados
1 vezes ao dia
+
Alimentação láctea freqüente
(nos horários de costume)
Iniciar com 2 a 3 colheres (sopa), aumentando aos poucos

1 papa de Fruta
OU
1 fruta
 (raspada ou amassada)

(no horário de maior aceitação da criança – preferencialmente manhã ou tarde)
6 meses
Alimentos bem amassados
(legumes e caldos de carnes)
2 vezes ao dia
+
Alimentação láctea freqüente
frequente
Aumentar gradativamente até chegar a 2/3 de uma xícara (chá) ou copo de requeijão
equivale a um pouco mais de meia xícara ou copo
1 papa de Fruta
(manhã ou tarde)
+
1 papa salgada
(almoço)
7 e 8 meses
Alimentos amassados
(legumes e caldos de carnes)
4 vezes ao dia
+
Alimentação láctea freqüente

2/3 de uma xícara (chá) ou copo de requeijão
equivale a um pouco mais de meia xícara ou copo
1 papa de Fruta (manhã)
+
1 papa salgada (almoço)
+
1 fruta (tarde)
+
1 papa salgada (jantar)
9, 10 e 11 meses
Alimentos bem cortados ou amassados, se necessário (legumes,
arroz ou macarrão, feijão, carnes)
4 vezes ao dia
+
Alimentação láctea freqüente

3/4 de uma xícara (chá) ou copo de requeijão
– equivalente: faltando 1 dedo para completar a xícara ou copo
1 papa de Fruta (manhã)
+
1 papa salgada (almoço)
+
1 fruta (tarde)
+
1 papa salgada (jantar)
12 a 24 meses
Alimentos bem cortados, ou amassados se necessário (legumes,
arroz ou macarrão, feijão, carnes)
4 vezes ao dia
+
 Alimentação láctea
(máximo de 2 mamadeiras de 240 mL por dia)
1 xícara (chá) ou copo de requeijão
Leite
 (pode acrescentar cereais)
+
1 papa de Fruta (manhã)
+
1 papa salgada (almoço)
+
1 fruta (tarde)
+
1 papa salgada (jantar)
+
Leite
 (pode acrescentar cereais)

Orientações que devem ser respeitadas:

·         A partir do momento em que a criança se adaptar à alimentação complementar, deve-se oferecer no máximo 500 mL de leite por dia, ou seja, 2 mamadeiras de 240 mL!

·         Não adicionar açúcar às papinhas de fruta! Preferir acrescentar farinha láctea, Neston, Sucrilhos e cereais a base de milho e/ou arroz.

·         Não acrescentar açúcar aos sucos! Preferir dar mais diluído (fraco), mas se for inevitável, acrescente apenas 1 colher de chá de açúcar cristal em 100 mL de suco. Evite o açúcar refinado.

·         Não adicionar temperos prontos como Knorr, Sazon, coloral e anilinas comestíveis nas papinhas salgadas.
·         Oferecer sempre água, pois nesta fase é muito importante estimular este hábito.
·         Não oferecer leite após o almoço e jantar, pois são refeições ricas em ferro e o cálcio presente no leite compete com o ferro para ser absorvido!
·         Dar pequenas quantidades de suco de laranja (caldo de 1 laranja sem adicionar água ou açúcar) após o almoço e jantar. Prefira a laranja Serra d’água que é menos ácida. Isso ajuda na maior absorção do ferro presente nos alimentos.

O sucesso da alimentação complementar depende de muita paciência, afeto e suporte por parte da mãe e de todos os cuidadores da criança. Toda a família deve ser estimulada a contribuir positivamente nesta fase. A alimentação complementar permite maior interação do pai, dos avôs e avós, dos outros familiares, situação em que não só a criança aprende a comer, mas também toda a família aprende a cuidar. A criança precisa entender a alimentação como um ato prazeroso, o que evita, precocemente, o aparecimento de possíveis transtornos psíquicos e distúrbios nutricionais.

A alimentação complementar deve prover suficientes quantidades de água, energia, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais, por meio de alimentos seguros, culturalmente aceitos, economicamente acessíveis e que sejam agradáveis à criança.

As práticas alimentares no primeiro ano de vida constituem marco importante na formação dos hábitos alimentares da criança.