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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Adoçantes engordam!!!

Por que será que os adoçantes, que por muitos são utilizados em dietas para perda de peso, agora se tornou o mais novo vilão desta história? Para decepção de muitos, para desespero de outros, a notícia de que os adoçantes engordam chegou provocando dúvidas e indagações.
A justificativa para esta comprovação é simples:

Quando ingerimos o adoçante as papilas gustativas presentes na língua percebem o sabor doce. Então, receptores presentes nestas papilas enviam a mensagem de que o organismo irá receber energia (açúcar), fazendo com que o mesmo se prepare para isso. Porém, para a infelicidade das células, esta energia não chega até elas. E o organismo, já preparado para receber a energia, continua a requerendo. O final da história é que neste momento sentimos então a vontade de comer mais alimentos energéticos como os açúcares, massas, pães e doces.

A mesma pesquisa que comprovou que os adoçante tem o poder de estimular o ganho de peso, concluiu também que o uso da sacarina sódica (um tipo de adoçante) aumenta o desejo de consumir doces e carboidratos. Não foi estudado se outro tipo de edulcorante é capaz de exercer o mesmo, mas acredito que a possibilidade é alta.

Ainda, toda substância química que consumimos, incluindo os adoçantes, ou que inalamos, depois de entrarem em nosso organismo precisam da ajuda dos antioxidantes para serem secretados do organismo. Os antioxidantes estão presentes principalmente nas frutas e vegetais e se a alimentação é inadequada e insuficiente nestes nutrientes, o fígado fica sobrecarregado e não consegue exercer adequadamente a sua função de detoxificar nosso organismo, ou seja, eliminar as substâncias nocivas à saúde. Estas substâncias ficando retidas se alojam nas células de gordura, o que provoca uma inflamação com conseqüente inchaço. A obesidade é uma reconhecida como inflamatória. Portanto, quando o paciente já é obeso essa inflamação causada pela obesidade, somatizada à inflamação decorrente da má detoxificação do organismo e acúmulo de substâncias tóxicas provenientes de edulcorantes artificiais, colabora ainda mais para o aumento do peso corporal.

Mas um questionamento importante e que muitos já devem estar indagando é o seguinte:

E os pacientes diabéticos que precisam perder peso corporal?

Neste caso em especial o paciente não pode consumir açúcar. Então, pelo custo benefício, o ideal é escolher adoçantes naturais como sucralose ou steviosídeo. Além disso, o ideal é fazer um acompanhamento com o Nutricionista, de preferência especializado em Nutrição Funcional, para auxiliar no processo de detoxificação do organismo.

Recomendações importantes:

·         Devemos consumir adoçantes com moderação, exceto no caso do diabético em que há necessidade de consumi-los em todas as preparações doces. Se utilizarmos de forma cautelosa, ou seja, a menor quantidade possível, não só nos afastamos da probabilidade de engordar, mas também evitamos o acúmulo de substâncias químicas em nosso organismo que podem prejudicar a saúde.

·         Existe um limite para o consumo dos adoçantes artificiais. A informação costuma vir na própria embalagem e tem por objetivo evitar o acúmulo dos resíduos tóxicos do produto no organismo. Aliás, ler bem a composição e indicações de cada adoçante é essencial!

·         Se o indivíduo for saudável e estiver eutrófico, não há a necessidade de consumir edulcorantes artificiais. O açúcar natural (de preferência o açúcar cristal), o açúcar mascavo e o mel podem ser opções para adoçar. Porém é preciso respeitar as quantidades diárias recomendadas pela nutricionista, ou seguir a recomendação da Pirâmide Alimentar Brasileira: 1 a 2 porções diárias de doces ou açúcar, sendo que cada porção equivale ao fornecimento de 110 calorias.

·         O indivíduo que deseja perder peso e fazer uma reeducação alimentar deve utilizar os adoçantes com moderação (no máximo  3 a 5 gotas por copo ou 1 sache por copo) e realizar atividades físicas diárias (mínimo de 30 minutos por dia).

·         Uma ressalva importante é variar ao máximo tanto as marcas quanto os tipos de edulcorantes! Isso vale também para os produtos em que são adicionados os edulcorantes: leiam com atenção os rótulos de cada embalagem!!!

·         Atenção: as pessoas que possuem problemas renais e cardíacos, especialmente pressão alta, precisam ficar de olhos abertos na quantidade de sódio dos adoçantes, pois pode ser prejudicial.

·         Quanto às crianças, só devem utilizar adoçantes sob recomendação médica e da nutricionista. Caso contrário, prefira equilibrar a alimentação da garotada ao invés de vetar a ingestão de açúcar.

Para completar a matéria e para esclarecer um pouco mais sobre os edulcorantes, observem a tabela a seguir com as características dos principais adoçantes:

Tipo
Restrição
Em relação ao açúcar
Sabor

SUCRALOSE

Sem restrição de uso para todas as idades. Não é metabolizado como carboidrato. Não é absorvido pela corrente sanguínea. Não é calórico e não provoca cáries. Estável a temperatura altas e baixas.


600 vezes mais doce

Agradável

ASPARTAME

Muito usado pela indústria alimentícia, principalmente em refrigerantes diet. Restrição para quem tem doenças renais. È contra indicado para quem tem fenilcetonúria. Sensível ao calor, por isso perde seu poder de adoçamento em altas temperaturas.


200 vezes mais doce

Agradável

ESTEVIOSÍDIO

Adoçante artificial mais antigo. Não tem calorias. Sem restrição de uso. Não é metabolizado pelo organismo. Estável em altas temperaturas.


300 vezes mais doce

Sabor residual levemente amargo

SACARINA

Extraída da folha da Stevia rebaudiana, por isso tem origem vegetal. Sem restrição de uso. Tem boa estabilidade em altas e baixas temperaturas. Não é calórico e não provoca cáries.


500 vezes mais doce

Em altas concentrações deixa sabor residual levemente amargo


CICLAMATO DE SÓDIO

Sem restrição de uso. Não é calórico. Liberado recentemente por falta de evidências científicas que comprovassem a suspeita de comprovar câncer. Não é metabolizado pelo organismo. Não perde o poder adoçante quando submetido a altas temperaturas.


40 vezes mais doce

Pode deixar sabor residual levemente amargo

FRUTOSE

Edulcorante natural, extraído do açúcar das frutas. Restrição para diabéticos, já que a substância possui 4 Kcal/g. O uso prolongado dificulta a absorção do cobre, mineral importante na síntese de hemoglobina.


173 vezes mais doce

Agradável

SORBITOL

Substância natural presente em algumas frutas e algas marinhas. Não indicado para pessoas obesas e dibéticos, pois é calórico e fornece 4 Kcal/g. Não provoca cáries. Resiste sem perder o poder adoçante a processos de aquecimento.


50% menos doce

Agradável

ACESSULFAME - K

Adoçante sintético de maior resistência ao armazenamento prolongado e a diferentes temperaturas. Não é calórico e não é metabolizado pelo organismo.


200 vezes mais doce

Pode deixar sabor residual levemente amargo
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes

Outro edulcorante que recentemente foi lançado no mercado é o Tagatose: produzido a partir do açúcar do leite, tem cerca de 1,5 caloria por grama e também não é digerido pelo organismo. Costuma ser misturado com outros tipos de adoçante, mas, como é uma novidade no mercado, ainda não está presente em muitos produtos. Alguns produtos que utilizam este adoçante são da americana Diet Pepsi. Ainda não há pesquisas que apontem alguma toxicidade específica no uso do adoçante, apenas alguma intolerância gastrointestinal se consumida em grandes quantidades.

Os edulcorantes Xilitol e Manitol são semelhantes ao manitol: adoçantes criados a partir da redução da glicose (sorbitol) e da frutose (manitol) e também pela hidrogenação da xilose (xilitol). Como mencionada são calóricos: cada grama contém 4 kcal. Mas, por não causarem cáries, têm sido amplamente empregados pela indústria na produção de goma de mascar e balas.

Apresento a seguir alguns edulcorantes mais utilizados e suas respectivas quantidades diárias que podem ser ingeridas sem prejudicar a saúde:

Edulcorante
Quantidade máxima por dia
Sacarina
5,0 mg / Kg de peso
Ciclamato
7,0 mg / Kg de peso
Aspartame
40,0 mg / Kg de peso
Steviosídeo
5,5 mg / Kg de peso
Acesulfame K
15,0 mg / Kg de peso
Sucralose
5,0 mg / Kg de peso
Xilitol, Manitol, Sorbitol
15,0 mg / Kg de peso
Fonte: Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba



Referências consultadas: 
·         http://www.cienciasmedicas.com.br/sistema/artigo.php?idArtigo=336
·         ANutricionista.Com - Cristiane Mara Cedra - CRN3 19470. Disponível em <http://www.anutricionista.com/adocantes-engordam.html>. Acesso em 08 jun. 2011.

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