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quinta-feira, 24 de março de 2011

Amamentação exclusiva e risco de Diabetes tipo 2!




Em trabalho publicado no The American Journal of Medicine (volume 123) em setembro de 2010, concluiu-se que independente da atividade física e do índice de massa corporal futuros, o risco de diabetes mellitus tipo 2 aumenta com as gestações a termo não seguidas de pelo menos um mês de amamentação exclusiva.
A lactação já foi associada à melhoria no metabolismo da glicose. O estudo explorou a associação entre lactação e o risco de diabetes mellitus tipo 2 em uma população bem caracterizada de mulheres, com idades entre 40-78 anos, membros de uma organização na Califórnia e envolvidas no Reproductive Risk factors for Incontinence Study at Kaiser (RRISK), entre 2003 e 2008.
Após análises estatísticas e ajustes, os resultados mostraram que, das 2.233 mulheres estudadas, 1.828 foram mães e 56% delas amamentaram de maneira exclusiva por mais de um mês. O risco de diabetes tipo 2 entre as mulheres que amamentaram consistentemente todos os seus filhos por mais de um mês foi similar ao daquelas que nunca tiveram filhos. Diferente de mães que nunca amamentaram, que têm risco aumentado para desenvolver diabetes mellitus tipo 2.
As mães que nunca amamentaram exclusivamente os seus filhos têm maior risco de desenvolver esta patologia do que aquelas que amamentaram de maneira exclusiva por pelo menos um mês.
Concluiu-se que, independente da atividade física e do índice de massa corporal futuros, o risco da doença aumenta nas gestações a termo não seguidas de pelo menos um mês de amamentação exclusiva.
Já é notória a associação entre saúde imunitária e amamentação, visto que crianças que recebem o leite materno até pelo menos 6 meses, apresentam menores probabilidades de adquirirem doenças infecto contagiosas, ou quando adquirem, são de sintomas mais brandos, devido a quantidade de anticorpos presentes no leite materno.
O leite materno apresenta uma quantidade de carboidratos que são estruturalmente diferentes da lactose de outros mamíferos, bem como diferentes da sacarose, que é a base do açúcar mascavo, muitas vezes usados na mamadeira.

Podemos dizer que as células de um recém nascido, ainda não estão totalmente adaptadas ao processo de carreamento da glicose, mediado pela insulina, provavelmente por possuir poucos receptores de membrana que permitem que o açúcar adentre às células para serem degradados e fornecerem energia.

Então, o leite materno por apresentar algumas características fisico-químicas peculiares no que diz respeito a açucares, são mais permeáveis às células, fazendo com que o aparato enzimático de obtenção de energia amadureça até que atinja um número de receptores de membrana que possam permitir de forma eficiente o carreamento da glicose, que é produto da degradação de alimentos mais complexos.

COM RECEPTORES EM NÚMERO ADEQUADO E ESTRUTURALMENTE BEM ADAPTADOS, PARA O RECONHECIMENTO DA INSULINA COMO CARREADORA DE GLICOSE, AS CÉLULAS TENDEM A NÃO APRESENTAR RESISTÊNCIA INSULÍNICA QUE É A BASE DO DIABETES TIPO II.

Enfim, com a experiência de amamentar exclusivamente minha filha por 6 meses completos, posso afirmar que 1 mês de aleitamento materno não é sacrifício para a mãe que escolheu e esperou pela maternidade. As mães que deixam de amamentar seus filhos apenas por vaidade é porque  não estavam realmentente com o coração aberto para vivenciar esta experiência tão grandiosa e cheia de graças. Além disso, o risco diminuído de Diabetes tipo 2 não é a maior vantagem, pois a maior delas é a descoberta da segurança e certeza de que "eu posso alimentar um ser tão dependente, puro e inocente". A felicidade e o amor são as maiores retribuições! 

Para as pessoas que gostam de ler sempre mais, a reportagem apresentada foi retirada da referência a seguir:
NEWS.MED.BR, 2011. Amamentação exclusiva por pelo menos um mês diminui risco futuro de diabetes tipo 2, de acordo com estudo publicado no The American Journal of Medicine. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/69888/amamentacao+exclusiva+por+pelo+meno.htm>. Acesso em: 3 fev. 2011.

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