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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Diet e Light: quem é quem???

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos (Abiad) os produtos diet e light estão presentes em mais de 35% dos lares brasileiros. No período de 1998 a 2008 o crescimento foi de 800%. As vendas sobem, apesar de serem produtos mais caros quando comparados com seus similares tradicionais, ou seja, é uma compra menos influenciada pelos preços, na qual seus usuários optam por pagar um preço diferenciado em busca de determinados benefícios. Fato que pode ser constatado nas gôndolas dos supermercados, que oferecem uma variedade cada vez maior de alimentos e bebidas classificados como light e diet. Os produtos vão desde leite, iogurtes, pães, geléias, refrigerantes, requeijão, chocolates, barras de cereais até comidas pré-cozidas.

Mas será que os consumidores sabem por que estão comprando estes tipos de alimentos? Sabem qual a real importância e/ou necessidade destes produtos para manutenção ou recuperação da saúde?

Quem nunca ficou na dúvida a respeito das diferenças entre diet e light???



 Os dois tipos ajudam a emagrecer? Entre o chocolate light e o diet, qual não tem açúcar na fórmula? E, afinal, refrigerante zero é a mesma coisa que light?

 Leia atentamente, entenda as características de cada um e saiba como escolher o alimento mais adequado para a sua dieta!

DIET
LIGHT

O termo só pode ser aplicado a alimentos destinados a dietas com restrição de nutrientes, como por exemplo, carboidrato, gordura, proteína ou sódio. Um chocolate diet, por exemplo, não contém açúcar. Já uma bebida diet deve possuir um teor de açúcar menor que 0,5g/100ml - esse limite pode ser maior nos refrigerantes dietéticos em que é adicionado suco de fruta.


O termo light pode ser utilizado em produtos que tenham baixo ou reduzido valor energético ou valor nutricional. Os alimentos light devem ter no máximo 40kcal/100g em produtos sólidos. No caso de bebidas, a proporção é de até 20kcal/100ml ou a redução mínima de 25% em termos de calorias, em comparação com produtos similares convencionais. O produto ao qual o alimento é comparado deve ser indicado no rótulo.



Tira teima:



DIET
LIGHT
CONSUMIDORES
Os consumidores de produtos diet normalmente apresentam condições metabólicas ou fisiológicas específicas. Precisam de alimentos especialmente formulados, que eliminem ou substituem algum ingrediente como o açúcar (diabéticos) e o sal (hipertensos).

Geralmente são pessoas saudáveis que buscam produtos com menos calorias ou com quantidade reduzida de algum nutriente (em comparação com o mesmo alimento em sua fórmula convencional). Esses alimentos são recomendados, por exemplo, em dietas para emagrecimento.

MITOS
É comum produtos diet serem associados a emagrecimento, mas muitas vezes o valor energético não é menor do que o de produtos convencionais. O valor calórico pode até ser maior. O chocolate diet não contém açúcar, mas é gorduroso e calórico: mais que o similar não diet! Em outros casos, o nutriente eliminado, sódio por exemplo, pode não interferir na quantidade de calorias.

Produtos light só ajudam a perder peso se houver diminuição significativa no teor de algum nutriente energético. Também é importante ressaltar que o consumo em excesso de um produto que contém menos calorias em relação ao original pode encadear a ingestão de uma quantidade igual ou até maior de calorias, comparada ao consumo moderado de algo não-light.
CHOCOLATES
No chocolate diet, o açúcar é substituído pelo adoçante. Para preservar a consistência e torná-lo mais palatável, o fabricante muitas vezes adiciona gordura à fórmula, por isso o valor calórico aumenta. Assim, o produto é indicado para os diabéticos, mas não traz vantagem para quem quer perder peso.

O chocolate light traz a redução de algum nutriente específico ou do valor energético. É preciso consultar a tabela nutricional, na embalagem, para saber se essa redução é conveniente para a dieta do consumidor. Para quem tem alguma restrição alimentar como o diabético, o chocolate light pode não ser o mais indicado.

REFRIGERANTES
Nos últimos anos os rótulos de vários refrigerantes foram alterados. O termo diet foi substituído por light. A Coca-Cola Light, por exemplo, é antiga Coca-Cola Diet. A mudança dos componentes edulcorantes (substâncias adoçantes) fez com que as bebidas ficassem mais saborosas. O açúcar continua eliminado da fórmula, por isso apesar do nome o produto ainda é considerado dietético.

A maioria dos refrigerantes light também pode ser classificada como diet, uma vez que é livre de açúcares. A confusão para os consumidores aumentou com a chegada da Coca-Cola Zero. Sua formulação é quase idêntica à da light, e ela também não possui açúcar. Essas apostas fazem parte de uma estratégia de marketing, que busca atingir públicos diferentes com produtos bastante semelhantes.

REGULAMENTAÇÃO
Os alimentos diet são regulamentados pela Portaria SVS/MS nº. 29/1998, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já as bebidas diet são regulamentadas pela Instrução Normativa 29/99 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Os alimentos light são regulamentados pela Portaria SVS/MS nº. 27/1998, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já as bebidas light são regulamentadas pela Instrução Normativa 29/99 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

ROTULAGEM
É exigência da Anvisa que todo produto diet contenha no rótulo a frase "Consumir preferencialmente sob orientação de nutricionista ou médico". Além disso, é aconselhado um alerta aos diabéticos quando o alimento contiver glicose, frutose ou sacarose, e o aviso "Contém fenilalanina" quando houver adição de aspartame à fórmula. No caso de alimentos que possuem em sua composição trigo, aveia, cevada, centeio e derivados, o rótulo deve conter a advertência “Contém Glúten”. Caso contrário, “Não contém Glúten”.

Não é exigida nenhuma informação em especial no rótulo.



De acordo com a legislação brasileira em vigor, os termos diet e light são utilizados na designação de alimentos para fins especiais (especificados na Portaria nº 29 de 13/1/1998). É necessário constar no rotulo desses alimentos uma tabela de composição do produto, facilitando as informações nutricionais ao consumidor.



Portanto, é necessário, no momento da compra, que você verifique primeiramente o rótulo do produto e para qual finalidade ele foi desenvolvido. Portanto, lembre-se:


• Leia os rótulos cuidadosamente;

• Não confie apenas na denominação diet e light presente no rotulo;
• Observe atentamente a composição nutricional do produto, identificando a quantidade de cada nutriente (gordura, proteínas, carboidratos, vitaminas e sais minerais);
• Faça as contas para saber o quanto você está ingerindo de cada alimento, pois muitas vezes a porção no rótulo é informada em 100g de alimentos.



Para auxiliar o seu olhar crítico, analise os exemplos abaixo de rótulos de produtos diet e light:



REQUEIJÃO - Informação Nutricional – Porção de 30 g

Requeijão Tradicional
Requeijão Light
Valor calórico
80 Kcal
45 kcal = 44% de redução
Gorduras totais
7,0 g
3,0 g = 57% de redução
Gorduras saturadas
4,5 g
1,5 g = 67% de redução
Colesterol
20 mg
10 mg = 50% de redução


Neste exemplo, a porção indicada é de 30 g. Isso quer dizer que cada 30g do produto tradicional têm 80 calorias; se observarmos o produto light, essa mesma porção tem 45 calorias. Por isso, o produto light ajuda na redução do peso, pois tem menor quantidade de calorias.





GELÉIA - Informação Nutricional – Porção de 100 g

Geléia Tradicional
Geléia Light
Valor calórico
270 Kcal
120 kcal = 56% de redução
Carboidrato
65,0 g
29,0 g = 55% de redução
Gorduras Totais
0,5 g
0 g = 100% de redução
Gorduras saturadas
0 g
0 g
Colesterol
0 g
0 g



Neste exemplo, cada 100 g do produto tradicional tem 65 g de carboidratos e, se observarmos o produto diet, essa mesma porção tem 29g de carboidratos. Por isso, o produto diet causa menor elevação da glicemia, pois apresenta em sua composição uma redução na quantidade de carboidratos.



Cuidado para não errar na escolha!

Muitas pessoas, por não estarem esclarecidas, adequadamente sobre a diferença entre produtos light e diet, abusam no consumo desses produtos, e acabam ingerindo um valor maior em quantidade calórica do que o necessário. Por exemplo, se você substituir uma fatia de bolo comum por 2 fatias de bolo diet, você poderá estar ingerindo uma maior quantidade de calorias.



Veja o exemplo:

• 1 fatia de bolo comum (sabor baunilha): 205 calorias;

• 2 fatias de bolo diet (sabor baunilha): 270 calorias.



O bolo diet é preparado sem adição de açúcar, sendo indicado para pacientes diabéticos. No entanto, para substituir o açúcar e não alterar o sabor e a consistência, normalmente se adiciona maior quantidade de gordura. Como a gordura é mais calórica que o açúcar; o valor calórico total deste bolo é maior. Por isso, mesmo o produto diet deve ser consumido com moderação, pois o paciente não deve ganhar peso. O mesmo acontece com pães, biscoitos e outros produtos.



ATENÇÃO:

Apesar de diferentes, os produtos light e diet podem estar presentes no mesmo alimento!!!



Veja dois exemplos:

• O iogurte desnatado é light, ou seja, apresenta baixo teor em lipídios totais (gordura), e ao mesmo diet (isento de açúcar).

• Os refrigerantes diet ou light podem ser consumidos tanto pelos pacientes diabéticos quanto pelas pessoas que necessitam emagrecer. Eles não contêm açúcar em sua formulação, e a quantidade de calorias é muito menor em comparação.



OBSERVAÇÕES


• Sorvetes e maioneses light são naturalmente calóricos, pois contém alto teor de gordura. A maionese tradicional apresenta aproximadamente 600 calorias a cada 100 g e a maionese light aproximadamente 330 calorias a cada 100 g. Mesmo havendo redução de 50% nas calorias, ainda é um valor calórico consideravelmente alto para quem deseja perder peso. Portanto, nesse caso, é melhor substitui maionese light por um molho de iogurte desnatado.

• Os adoçantes não são todos iguais em sua composição. Preste atenção no rótulo para saber qual está sendo utilizado na composição dos alimentos diet, como aspartame, sorbitol e manitol, que são alguns adoçantes que apresentam menor valor calórico. Já ciclamato, sacarina e estévia não apresentam calorias.

• Fique de olho nos rótulos dos alimentos e compare cada produto para escolher qual deles é mais saudável para ser consumido. A indicação diet ou light nas embalagens não quer dizer que você pode consumir
à vontade, exageradamente.

• Produtos nacionais com a indicação diet nos rótulos podem estar designados pela denominação: “não contém”, “livre”, “zero”, “sem”, “isento de algum nutriente ou ingrediente”.

• Produtos com a indicação light nos rótulos estão descritos na embalagem como: “Low” ou “leve”, “baixo”, “teor reduzido”, “menor teor”.
Referências:

·         <http://receitas.casas.blog.br/light-x-diet/>. Acesso 11 de maio de 2011.

·         <http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/prodLightDiet2.asp>. Acesso 11 de maio de 2011.

·         <http://veja.abril.com.br/quem/diet-light.shtml>. Acesso 11 de maio de 2011.




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